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Foto do escritorJornalista Adriana Dias

Drone é realidade nas lavouras e gera economia de até 80%

O uso de drones, tanto para monitoramento quanto para pulverização como alternativa tecnológica para otimizar os resultados das lavouras vem se consolidando nos últimos cinco anos como parte do processo de automatização da agricultura brasileira. O drone é uma tecnologia que vem para agregar resultados por meio de uma aplicação precisa de produtos nas plantas, evitando o desperdício e fazendo uma entrega mais eficiente, além de ter como benefício o acompanhamento das lavouras.


E, apesar dos benefícios, o uso desses equipamentos ainda enfrenta alguns obstáculos, como a falta de mão de obra qualificada para operá-los e o preço, que pode ser alto para alguns produtores. Mas, existem alternativas como a compra cotizada entre produtores e ainda o uso terceirizado, além de muitos fazendeiros buscarem o aprendizado por meio de cursos.

Devido à crescente demanda do uso de drones no Brasil o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) normatizou a atividade para o uso em pulverização no país. A norma foi publicada em 21 de setembro de 2021.


O instrutor de operação de aeronaves não pilotadas do Senar Minas, Marco Alziro, que atua na área de mecanização agrícola na agricultura de precisão de lavouras, com drones pulverizadores conta que estes equipamentos podem atuar em áreas de difícil acesso em diversas lavouras, como exemplo a lavoura de milho que está adensada e tem algum tipo de infestação, em local que um trator com sistema tradicional de pulverização não conseguiria chegar e poderia causar mais prejuízo à lavoura.


O uso de drones pulverizadores gera economia de até 80% com insumos. Quando este uso é planejado desde o mapeamento até a pulverização, estamos buscando otimizar os recursos, chamamos isso de catação, pois vai aplicar o produto somente onde é necessário. Além disso, além de gerar economia também visa os cuidados primordiais ao meio ambiente”, explicou.


A produtora rural Dunya Carneiro está fazendo a sucessão familiar. Administra juntamente com o pai Wellington Carneiro a Fazenda São José, na Linha dos Campos, em Passos. Atualmente estão com o plantio de milho. Graduada em engenharia civil, a jovem enxergou na tecnologia de drones a possibilidade de aumentar a capacidade produtiva, economizar insumos e garantir o sucesso do investimento agrícola.


Dunya fez o curso de drones e contou que antes era necessário um tempo maior para fazer as análises de dados da plantação ou produção agrícola e os recursos não eram suficientes, o que não garantia a exatidão dos dados.





“Nós estamos analisando a possibilidade de comprar o drone, eu e meu pai fizemos o curso. Adquirir ou até mesmo terceirizar o serviço é um investimento que certamente vale à pena, pois identificando pragas, doenças e outros problemas é possível adotar ações preventivas e elevar a produtividade. Acredito que o drone seja a evolução e o futuro na agricultura”, disse Dunya Carneiro.


O produtor rural Wilson Faria, das Fazendas Mumbuca contou que utiliza a tecnologia há 3 anos em suas lavouras de café e vem encontrando muitos benefícios. “Nós optamos pelo uso dos drones terceirizados, por entendermos ser mais barato do que comprar o equipamento e também por falta de mão de obra especializada. Alugando, nós não temos compromisso em ter que arrumar um operador e também não temos a preocupação com o equipamento, pois é a empresa quem vai manusear.


Trata-se de aparelhos caros e sensíveis, então, o melhor negócio, pra nós é a terceirização. E, realmente vemos como rentável uma vez que para fazer a pulverização em trator, nós gastaríamos em torno de 45 dias para pulverizar a lavoura. Com o drone todo o serviço é feito em 5 dias. Além disso, não tenho o desgaste do trator, não temos qualquer prejuízo na lavoura com o maquinário passando por cima de pés de café e ainda tenho a liberdade de cuidar de outras ações na fazenda enquanto o operador está trabalhando”, assegurou Faria que utiliza numa média de 3 vezes ao ano a pulverização.


O filho de Wilson, o também produtor rural José Wilson Faria também utiliza o drone terceirizado nas lavouras de soja, em São João Batista do Glória e na de milho, em Passos, em terras arrendadas próxima ao Aeroporto José Figueiredo.

Benefícios

O uso de equipamentos tecnológicos no agronegócio vem conquistando cada vez mais espaço para quem quer maior produtividade. Com os drones na pulverização de lavouras, produtores reduzem a compactação do solo e danos em plantas causados por máquinas convencionais.


Outro benefício é a precisão a partir do sistema de georreferenciamento. O melhor controle da área pulverizada evita desperdício de produtos como herbicidas. Também reduz a necessidade de mão de obra. No comparativo ao uso do pulverizador costal, o drone pode substituir pelo menos 17 trabalhadores. Por outro lado, o custo dos equipamentos ainda é um impeditivo, para isso, as formas cooperativistas têm sido uma solução.

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