A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas a ser colhida neste ano deve chegar a 263 milhões de toneladas. A estimativa de maio, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, aponta um crescimento de 0,6% ou 1,5 milhão de toneladas a mais do que o previsto no mês de abril.
Mostra, ainda, que a produção agrícola deste ano será 3,8% maior do que a de 2021, quando foram colhidos 253,2 milhões de toneladas de grãos. Esse bom desempenho é atribuído à produção de milho, trigo e soja.
Segundo o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, a produção do milho deve alcançar novo recorde, já que a colheita da segunda safra, que responde por 77% da produção brasileira desse cereal está no início e as condições climáticas são boas.
O trigo também deve ter safra recorde, em torno de 8,9 milhões de toneladas, crescimento de 12,1% em relação à previsão anterior e de 13,6% na comparação com o ano passado. Guedes explicou que, com a guerra entre Ucrânia e Rússia, dois grandes produtores e exportadores de trigo, os preços cresceram e os agricultores brasileiros expandiram suas áreas de plantio.
Já a soja, que é o principal produto de exportação do país e está com a colheita praticamente finalizada nos principais estados produtores, deve somar 118,6 milhões de toneladas. A produção, no entanto, é 12,1% menor em relação ao ano passado. Culpa da falta de chuva.
O arroz e o feijão estão em direções opostas. Para o primeiro, a produção estimada é de 10,6 milhões de toneladas, queda de 8,4% em relação a 2021, também devido à estiagem. E, para o feijão, a estimativa é que a safra chegue a 3,2 milhões toneladas, 2% a mais do que em 2021. Diante dos problemas climáticos no sul, os preços subiram e os produtores aumentaram as áreas de plantio.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio aponta que a área a ser colhida em 2022 é de 72,3 milhões de hectares, 5,5% maior que a área colhida em 2021.
Da Agência Brasil
Edição: Leila Santos/Edgard Matsuki
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